quarta-feira, 6 de novembro de 2013

Os Irmãos Redentoristas



                                                          
                                                 
A história dos Irmãos Redentoristas inicia-se, em 18 de novembro de 1732, com Vito Curzio (1706-1745), quando este nobre militar napolitano, natural da Puglia, alto funcionário do Marquesado de Prócida, ingressou-se no grupo dos missionários liderados pelo Pe. Afonso Maria de Ligório (1696-1787).
               Somam-se aos missionários, pouco a pouco, outros Irmãos: Januário Rendina (1707-1789), Francisco Tartaglione (1715-1774) e Joaquim Gaudiello (1719-1741). Estes, no terceiro domingo de julho de 1740, juntamente com outros oito padres, fizeram o voto de perseverança no iniciante Instituto Religioso.
No período de 1732 a 1764, diversos outros jovens ingressaram na Congregação Redentorista e se tornaram Irmãos. Dentre eles, São Geraldo Majela CSsR (1726-1755), o mais conhecido e amado redentorista de todos os tempos. Estes Irmãos atuavam nos mais variados serviços, dentro e fora de casa, inclusive nas Missões Populares. Nestas, enquanto os padres se ocupavam preferencialmente com as confissões, pregações e celebrações Eucarísticas; os Irmãos rezavam e cantavam com o povo (terços, ladainhas e nas procissões), ensinavam catequese às crianças e aos jovens, visitavam as famílias e eram amigos do povo.  
A partir de 1764, houve mudanças vertiginosas nas Constituições Redentoristas, por ingerência interna e intervenção do Estado (via o Padroado Régio). Por esta razão, a grande maioria dos Irmãos foi colocada em terceiro plano e confinados nos afazeres domésticos. Salvaguardando apenas aqueles que eram grandes profissionais, tais como: arquitetos, músicos, professores, médicos, artistas, administradores, dentre. No século XIX, com a expansão da Congregação Redentorista, dependendo da mentalidade e cultura de cada País, prosseguiu ou não a profissionalização e qualificação dos Irmãos.
Por mais de duzentos anos (1764-1980), grande parte dos Irmãos Consagrados de todas as Instituições Católicas, incluso os redentoristas, foram vítimas dos condicionamentos políticos e religiosos, que os colocaram no anonimato. E foi o Concílio Vaticano II, ao abrir as “portas” e “janelas” da Igreja, que deu a possibilidade de rever, resgatar e redescobrir que a história, a eclesialidade e a teologia católica contém tesouros valiosos, escondidos e enterrados em si mesma. Por isso, se faz necessário pesquisar os valores e qualidades que permearam a ação cristã no decorrer dos tempos. De fato, este Concilio vem (há 50 anos!) abrindo perspectivas e frestas, dando também aos Irmãos as possibilidades de se prepararem e atuarem nas dimensões: sociais, humanitárias, educacionais, culturais, científicas, tecnológicas, acadêmicas, teológicas, profissionais e eclesiais.
Na Congregação Redentorista encontramos um rico legado de Irmãos que marcaram e marcam a nossa história, os quais nos dão expectativas e abrem perspectivas para enxergar as diversas realidades e nelas são muitos os campos de missão hodierna. 
                       A messe é grande, mas os operários são poucos!  (Mt 9, 37) 


                              Ir. José Mauro Maciel CSsR, missionário redentorista e historiador.

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