segunda-feira, 4 de novembro de 2013

GLÓRIAS DE MARIA



Quem diria, quem diria,
Que fosse Afonso de Ligório um dia,
Escrever tal obra esplêndida, cheia de alegria,
Obra tão louvável “As Glórias de Maria”.

Ele inicia com a “Salve Rainha”,
Mãe do nosso Rei Redentor,
Mãe do nosso belo Amor,
Ela formosa mulher que nos encaminha ao salvador.

Maria, Cheia de Graça, Mãe espiritual,
Que acolheu o Espírito Santo em seu seio virginal,
Para a salvação das almas, Mãe celestial,
Que se fez serva do Nosso Deus maioral.

És a doçura, a vida e a esperança,
Que alegria teve a Mãe quando viu aquela criança,
Em seus braços acalentados era cheia de confiança,
Era serva corajosa e que possuía dentro de si a perseverança.

Passava agora aquela menina por medianeira,
De serva, mulher, de mulher, Mãe e Mãe era a sua maneira,
De rogar por todos filhos era assim mensageira,
Entre os homens e Deus era a nuvem passageira.

Que aliança magnífica fez Deus com sua Amada,
Quis que aquela Doce Virgem fosse separada,
Seria ela Porta do céu, Estrela do mar, cheia de Deus ornada,
E a conservou intacta da culpa primeira, Imaculada.


A Menina dos olhos de Deus levava consigo a Redenção,
Que crescia dia a dia em estatura e mansidão,
E que aos olhos de sua Mãe na humanidade, paixão,
Quanta dor levava, pois sabia, Maria do seu coração.

Maria, Mãe de Misericórdia, amava também os pecadores,
Mas sabia que tanto ela e seu Filho teriam muitas dores,
Seu tesouro era Deus e todos os filhos do mundo seus amores,
Ó Clemente, ó Piedosa, ó Doce Virgem Maria, seus braços condutores.

Quem diria, quem saberia, quem imaginaria,
Que fosse Afonso de Ligório, transcrever um dia,
Os tratados de uma vida, das Dores de Maria,
Obra tão unânime, tão rica em sabedoria.

Sua primeira dor foram as profecias de Simeão,
Ao escutar que uma espada transpassaria seu coração,
Sofreria Maria aquela triste consolação.
Passaria tudo isso por seu Filho, por sua plena doação,

A segunda dor foi a fuga para o Egito,
Para não perder o Filho e nem ouvir tanto grito,
Dos inocentes que morreram por causa do Bendito,
Era triste ver acontecer o que o maldoso rei tinha dito.

A terceira dor é a perda de Jesus no templo,
Quão preocupados ficaram os pais naquele momento,
A não verem o Filho que eras exemplo,
Para os doutores o contemplo.

A quarta dor é Maria que ver seu Filho indo a direção da morte,
A quarta espada perfura o coração ao norte,
Entre a Mãe e o Filho amado há um corte,
De todos os instantes juntos só existe porte.

Quão grande é a quinta dor,
Pois vai a morte o Salvador,
E junto dele o esplendor,
De sua Mãe morre o Amor.

A sexta dor remete a lança e a descida da cruz,
Quão pequeno ficou o coração daquela que nos conduz,
Sua alma foi transpassada e sua vida não mais luz,
Agora estava entregue ao Pai seu Filho, Jesus.

A última dor foi seu sepultamento,
Onde Maria deixa seu coração naquele momento,
Ser sepultado o tesouro que possuía, fica somente em seus pensamentos,
E a dor que levava consigo podia ser vista em seus movimentos.

Quem diria, quem pensaria,
Que fosse Afonso de Ligório, seria,
Rabiscar as virtudes, um dia,
Obra impressionante, tão cheia de Maria.

Maria prendeu o coração de Deus por sua humildade,
Atribuía ao Senhor tudo em sua vida por simplicidade,
Ajudava sua prima Isabel com sinceridade,
Abraçava a Deus por maioridade.

Quem foi essa Consoladora se não caridosa?
Era assim a Virgem toda Dolorosa,
Com seu Filho e os homens Amorosa,
Para Deus fostes sempre Honrosa.

Quem acreditou mais do que ela?
Quem Deus exaltou em sua cidadela?
De quem Cristo ouviu se não dela?
Quem o povo pede ajuda a Deus se não for nela?


Esperança, Casta, Pobre e Obediente,
Possuía essa mulher as virtudes, era Paciente,
Muita acima dos anjos dedicava sua vida ao Amado, Contente,
Aprendeu de seus pais o Amor de Deus Temente.

Quem saberia, quem imaginaria,
Que fosse Afonso de Ligório um dia,
Descrever o semblante de sua Pia,
De sua Doce Virgem Maria,
E pedisse um dia,
Que um confrade em companhia,
Lesse para ele “As Glórias de Maria”,
E que perguntasse “Quem escreveria tão linda maestria?”
E o confrade respondeu “Foi Afonso Ligório de Maria”.

Pe. Cleandro Pessoa. CSsR.

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