sábado, 10 de novembro de 2012

JUVENTUDE CAPELA NOSSA SENHORA DA PENHA




No dia 08 de novembro o grupo de jovens juntamente com os Estudantes Redentoristas fizeram um momento de louvor, adoração e celebração da palavra. Este momento não foi de exclusividade da juventude, mas o convite foi estendido para toda a comunidade, que se fez presente para participar com os jovens.

A acolhida ficou por conta da equipe de cânticos da Penha e Isaias Mendes Estudante Redentorista, também se fizeram presentes alguns jovens da paróquia de Nossa senhora de Salete que abrilhantaram a noite no momento de adoração e de intimidade com Jesus.  A celebração da palavra ficou por conta dos estudantes Marcos Paulo Nascimento, Isaias Mendes e Geovani Ferreira.

A Pastoral da Juventude da Penha conta com o apoio do Shalom de Portugal, os jovens da comunidade se reúnem todos os domingos às 14h30min, esses encontros acontecem de forma dinâmica, com brincadeira, músicas e com o intuito de formar os jovens nos ensinamentos da igreja.

Geovani Ferreira













terça-feira, 4 de setembro de 2012


 
Estamos no mês de setembro, dedicado a palavra de Deus. Um dos objetos pelo qual se encontra essa palavra é a bíblia (Do Grego bíblia que quer dizer ‘livros’). Ela é denominada de livro sagrado pelo fato de conter a história e compreensão de fé do povo, denominado de povo de Deus. Categoricamente a bíblia é um conjunto de livros (Gênese, Números, Êxodo...) que foram unidos em um só, denominado de ‘compêndio’ da palavra de Deus. A ordem dos livros sagrados está formulada não em uma lógica do período histórico, mas de acordo com a finalidade da Fé. Por isso que se remete o livro do Gênese(início) o começo dessa experiência do homem com Deus, e ao livro do Apocalipse a visão escatológica(finalidade da fé cristã, ou seja os sinais do dia da glória do Senhor).

 

A Bíblia é composta por 73 livros, sendo considerado 46 livros, que compõe o Antigo Testamento, mais 27, que compõe o Novo Testamento. O Catecismo da Igreja Católica relembra-nos que o Antigo Testamento fala de uma promessa de Deus: seu filho, o Cristo (Ungido), pela salvação do homem, enquanto que o Novo Testamento faz o cumprimento dessa promessa na figura de Jesus Nazareno. Portanto a Bíblia é considerada como premissa central o Jesus de Nazaré, também denominado de Salvador, Messias, Filho de Davi e etc.

 

Para se compreender a Bíblia é pertinente uma orientação negativa a cerca do que ela representa, ou seja, a princípio importante compreender a bíblia a partir do que ela não é: a bíblia não é um livro geográfico, não é um livro biológico, não é um livro literário, não é um livro histórico, no viés arqueológico, não é um livro de filosofia, não é um livro teológico, não é um livro físico e muito menos um livro de química. Neste sentido, podemos nos desprender de qualquer risco de erro ao tentar ler a bíblia nas perspectivas citadas.

 

Você então pode perguntar: então como deve ser entendida a bíblia e como devo lê-la?! A bíblia é um livro de ‘Fé’. Neste sentido ela deve ser interpretada na perspectiva da Fé. Da Fé de um povo que teve uma experiência pessoal e ao mesmo tempo universal com Deus, e a partir disso resolveu colocar em escrito(pergaminhos) toda trajetória dessa experiência de acordo com uma mentalidade determinada por uma visão de mundo, uma cultura, uma lei, um contexto histórico e uma ética limitada. Assim é que se fez o desenrolar da história do povo de Deus, e dessa forma é que está colocada, embotada, nos livros sagrados. Daí surge a dificuldade de não se compreender inúmeras passagens bíblicas, e da mesma forma não se compreender a imagem de Deus no Antigo testamento como um Deus que Mata, destrói e constrói, eleva uns e elimina outros, comparado com o Deus do Novo Testamento revelado na pessoa divino-humano de Jesus. Tudo está derivado de uma experiência com Deus e de uma explanação a cerca de Deus, nos acontecimentos diários em certos períodos históricos.

 

A Bíblia fala da história dos Hebreus, a partir de Abraão como figura determinada, que teve uma experiência com Deus e a partir daí é que se desenvolve toda a concepção de Fé deste povo.O povo Hebreu se torna o povo Judeu. Desde os Hebreus, perpassando pelos Judeus surge uma promessa do salvado que irá libertá-lo de todo tipo de alienação, ou situação de morte.Daí, Este povo compreende-se como sendo o povo escolhido por Deus para gozar da vida plena, do Céu, da Eudaimonia (felicidade) que acontecerá na vinda do enviado, do ungido, do messias que trará e fará acontecer todo o projeto de Deus: Salvação da alma, eternidade, e felicidade. Ou seja, a unidade com Deus e o gozar dessa plenitude. Com a vinda de Jesus de Nazaré esse projeto se realiza, pois ele é o filho de Deus que Ele chama amorosamente como ‘Pai’. Porém, os Judeus não o aceitam 1) como filho de Deus; 2) como Deus encarnado; 3)como promessa realisada;4) como salvador e libertador.

 

Essa negação os colocou em estado de separação negação de Jesus, a espera continua de outro salvador, que não seja Jesus. Daí, a história de salvação ganhará uma concretude e um corpo novo na figura de Jesus e a partir Dele, melhor, de Sua ressurreição. Esse corpo novo é denominado de ‘cristianismo’. Antes de ser chamados de ‘cristão’ aqueles que seguem a Jesus Nazareno, denominado de Cristo, os discípulos de Jesus e quem aderia a Fé cristã eram chamados de ‘caminheiros’. Pois os primeiros discípulos (Paulo, dentre outros) viviam na periferia do Império Romano, visitando as casas, celebrando a ressurreição de Cristo, anunciando seus ensinamentos (Amor Ágape), rezando os ‘salmos’ e fazendo a ‘fração do Pão’. No início a vida dos primeiros cristãos era simples, e sua doutrina era baseada em poucas coisas, porém o testemunho de vida (testemunhas oculares) era a forma principal de anuncio (Kerigma) da presença de Cristo, da realização de salvação, por meio da ressurreição de Cristo. Em 313 o cristianismo se torna religião oficial e depois ganhará novo corpo até se tornar o que conhecemos como Igreja Católica Apostólica Romana.

 

Portanto, a Bíblia trás consigo essa mensagem de Fé, e a promessa de salvação que se realisou em Jesus. Nós damos continuidade a esse projeto, pois somos a porta principal por onde perpassa a salvação. Antes de termos a Bíblia em nossas mãos prontinha, tivemos a experiência com Deus de cada pessoa que a escreveu. Ela não está ausente de erros históricos, temporais, geográficos e biológicos, porém a Fé que ela revela é o que se predomina como “Verdade Revelada”e confirmada pela Igreja.Daí, podemos concluir que a Bíblia é a palavra de Deus verdadeiramente, porque ela compõe e descreve aquilo que estava dentro do homem, de seu interior, de sua relação com Deus, de sua Fé. Verdadeiramente Agostinho estava certo quando disse “Ó beleza tão rara, eis que estavas dento e eu fora” (Confissões). Uma vês que a experiência com Deus se faz pelo homem, em seu interior, em sua psique, em sua alma. A Bíblia não se encerra no livro do apocalipse, pelo contrário, ela continua na nossa vida, dentro de cada um de nós. Somos parte dessa história de salvação que se realiza e se faz a cada dia, por isso o compromisso para todos os que caminham aceitando a presença de Deus e de Jesus em sua vida. 

 

Isaias Mendes, Aspirante Redentorista. Seja um Vocacionado Redentorista.

Pesquisa: Reale, Giovanni, História da Filosofia;livro Bíblia sem mitos e formação bíblica.

quarta-feira, 13 de junho de 2012


Cristo Eucarístico Presente no meio de nós.
            Acabamos de celebrar a solenidade do Corpo e Sangue de Cristo de Nosso Senhor Jesus Cristo. Esta data significa para nós, católicos, um “marco” para nossa vida Cristã. Temos a certeza e vivemos da certeza que cristo se faz presente em um pequeno pedaço de pão. Ele se doou completamente para salvar a humanidade da morte eterna. Nisto, Deus Pai amou tanto os homens que enviou seu filho unigênito como sacrifício por nossos pecados, para nos libertar da escravidão. E cristo passando por sua morte e ressureição quis concretizar seu amor infinito por cada um de nós, nos deixando o memorial de sua paixão, à “Eucaristia”.                                                                                        Onde vemos um Deus que se dar como comida e bebida? Onde vemos um Deus que está presente 24 horas por dia no meio de nós? Onde vemos um Deus que não oprime, mais acolhe, perdoa, e leva para junto Dele? Onde vemos um Deus que não quer sacrifícios, mais um coração contrito?!        
            O próprio Jesus institui a Eucaristia, quando proferiu estas palavras na ultima ceia, com seus apóstolos: “Tomai Todos e Comei, isto é meu corpo”, “Tomou depois o Cálice, rendeu graças e deu-lhe, dizendo: Bebei este é o Cálice do meu Sangue, o Sangue da nova aliança, derramado por vós e por todos para a remissão dos pecados. Fazei isto em minha memoria”. Cristo nos deu a oportunidade de participarmos eternamente de sua vida, se dando como alimento não para o corpo, más para a alma. Ele é o pão vivo que desceu do céu, para nos elevar ao convívio de Deus.                                                                        
          Então pelos séculos dos séculos, prosseguimos o mandamento de Cristo, na Igreja, buscamos a força que vem da Eucaristia. O sacerdote consagra o pão e vinho no corpo e sangue de Cristo, para recebemos Jesus no nosso coração na nossa vida, para adora-lo, glorifica-lo. Queremos deixar que Cristo Eucarístico faça um milagre em nossas vidas.

                                                                  Autor: Arthur A. de Aquino ( Missionario Redentorista)
    

domingo, 3 de junho de 2012

Visão analítica de Maria nos Evangelhos.

O mês de Maio foi, na Igreja Católica, dedicado a Maria, a mãe do salvador! Por isso resolvi escrever algumas coisas em homenagem a ela! É curioso que segundo os escritos bíblicos, com exceção dos apócrifos, pouco se fala sobre a Mãe de Jesus. Daí, vamos fazer uma análise sobre a figura de Maria, nos quatro evangelhos a fim de descobrir um pouco mais sobre essa figura especial alguns aspectos seus como a) Mãe cuidadosa e responsável; b) A porta pela qual entrou a salvação; c) A Mãe de Jesus; d) A virgindade de Maria; e) Maria serva, obediente e fiel; f) Maria, a Bem- Aventurada; g) Maria pobre; e) interiorizante da palavra de Deus; f) Mulher de Fé; g) discernidora da vontade de Deus; h) Maria cheia do Espírito Santo e intercessora nossa; i) e Nossa Mãe. Conclui-se a partir destes tópicos conclusivos que Maria teve participação direta na nossa vida, na nossa história, no processo de revelação de Deus  e na nossa salvação, numa perspectiva de FÉ.

·         Evangelho de Marcos.

O escrito de Marco é considerado um dos primeiros, feitos por volta de 67-69 dC. Ele inicia o relato tratando de João batista e de seu batismo de conversão. Nesse contexto entra Jesus, pois existe uma total relação entre o indicador do salvador (João Batista) e o próprio em pessoa e divindade (Jesus). Daí nada se fala da infância de Jesus, e de sua Mãe. Ver-se que a preocupação de Marcos não está na pessoa de Maria, mas nas atividades de Jesus e seu caráter de revelação de Deus, portanto, uma Fé ativa. Os escritos são fragmentados em pequenos textos e sua parte essencial são as ações prática de Jesus, como o ato do batismo (Mc 1, 9-11), A cura da sogra de Pedro(Mc 1, 29-31), e o perdão e a cura de um paralítico(Mc 2, 1-12), dentre outras. Porém, existe um único relato que menciona diretamente Maria. Este acontece quando Jesus está no meio do povo a falar sobre o pai. Vejamos o relato:
Chegaram sua mãe e seus irmãos. Estando do lado de fora, eles o mandaram chamar. A multidão estava sentada em torno dele. Dizem-lhe: “Eis que tua mãe e teus irmãos estão lá fora: eles te procuram”. Ele lhes responde: “Quem são minha mãe e meus irmãos?” E percorrendo com o olhar os que estavam sentados em círculo à sua volta, disse: “Eis minha mãe e meus irmãos. Todo aquele que faz a vontade de Deus, esse é meu irmão, minha irmã, minha mãe”. (TEB, Mc 3,31-35)
                É importante notar que esta passagem segue uma estrutura lógica. Jesus está a conversar com a multidão, ele já havia chamado os discípulos para formar uma comunidade de pessoas, e seus parentes estão preocupados com toda essa situação. Uns deduziram que ele estava louco (Mc 3, 21) e vão ao seu encontro. Sendo avisado que sua família queria falar com ele, Jesus responde: “Quem são minha mãe e meus irmãos?”. Muitos olham essa passagem e diz que Jesus tinha irmãos. Isso não pode ser confirmado! A tradução está errada. O conceito de “irmãos” no grego "adelfos" pode designar duas coisas: irmãos de sangue e parentes próximos. De acordo com a cultura semita a qual Jesus fazia parte, parentes próximos, ou clãs são designados com a expressão “irmão” no português, mas não com parentes consanguíneos. O conceito melhor para traduzir isso é “parentes”. Dai, vemos que Maria e seus parentes queriam falar com Jesus, pois estavam preocupados. Vemos nessa passagem o cuidado materno que Maria teve com Jesus. Apesar de saber que o filho estava nas mãos do Pai, teve o cuidado e responsabilidade de Mãe.
                Jesus aparentemente dá uma resposta ignorante: “Quem são minha mãe e meus irmãos?...”. Mas a questão é outra, Jesus está a dialogar com as pessoas. Seu intuito é salvar a humanidade. Ele chama pessoas para formar e construir a maior comunidade: Comunidade – família humana. Por isso ele utiliza do termo Mãe e irmãos (Família) para justificar que a comunidade-família humana  é “Todo aquele que faz a vontade de Deus”. Portanto, Jesus não é duro com a Mãe. E ela sabe seu papel na história da salvação: Estar atenta ao filho, ser responsável. Lucas coloca a família de Jesus no final do capítulo 3 para explanar uma mensagem a qual todos somos chamados: Fazer a vontade de Deus, ter uma só Fé, assim como temos um só Senhor: Deus!

·         Evangelho de Mateus.

Os escritos de Mateus foram feitos por volta de 80-85 dC. Em Mateus fala-se da Genealogia de Jesus e nela está inserida a presença de Maria. Porém, sabe-se que Mateus quando fala de Jesus, tenta remontar toda a história Judaica e afirmar que Jesus é o novo Moisés libertador do povo. Ele conhece a história e tradição do povo Judaico, e faz referência a Jesus, desde Abraão, através da genealogia, e da história de libertação do povo da escravidão no exilio, colocando Jesus como o novo Moisés.   Por isso que ele fala da fuga do menino Jesus para o Egito.
Neste evangelho, Maria tem uma presença fraca. Sua figura é mais como a portadora do salvador. Ela só é mencionada em três momentos: na genealogia, como participante da herança da salvação (Mt 1,16-17),  Na concepção, como virgem, que dá a luz ao salvador do mundo(Mt 1, 18-23) e no cuidado ao filho (Mt 12,46-50).
A ligação entre Cristo e Abraão segue três vezes as catorze gerações: a primeira é de ‘Abraão’ até ‘Davi’, a segunda é de ‘Salomão’ até ‘Jeconias’ e a última é de ‘Salatiel’ até ‘Jesus’, por intermédio de ‘Maria’. Nisto ela é colocada como a mulher que completa a decima quarta pessoa para concretizar a terceira geração até Jesus, para ligar o salvador com a história do povo eleito (Mt 1,1-17). Daí, vemos na pessoa de Maria a porta na qual entrou a salvação no mundo e concretizou-se o projeto de Deus.
O segundo momento explana como se deu o nascimento de Jesus. Maria estava prometida a José. Segundo a tradição Judaica a mulher não tinha relações sexuais com o marido enquanto não casassem. Portanto Maria era virgem (Mt 1, 23). Há quem diga que Maria não era, e que essa expressão na tradução grega significa jovialidade e não o sentido próprio do termo virgem. Contudo, trataremos disso mais a diante. O que é essencial e fundamental em Maria é que ela é a Mãe de Jesus, uma vez que é dela que nasce Jesus e por ela que Jesus foi criado até a idade adulta. É importante ressaltar que Mateus sempre faz relação dos acontecimentos na vida de Jesus, com a história e a profecia que se sucedeu no antigo testamento. Neste sentido Ele faz referência a Maria implantando nas narrações as profecias do Profeta Isaias (Mt 1, 23).Daí Maria entra como meio pelo qual se deus a vinda de Jesus.
No terceiro momento Já falamos do porque Maria com seus parentes estarem à procura de Jesus anteriormente, e o caso da resposta de Jesus ao saber que sua família queria falar-lhe. Porém, o diferencial neste texto (Mt12, 42-50) ocorre que quando ele explana que sua Mãe e seus irmãos são aquele que faz a vontade do Pai, surgem um acréscimo indicativo: “Mostrando com as Mãos seus discípulos, disse:...”. Antes a possibilidade de fazer a vontade de Deus era para todos, e não tinha uma indicação de quem já o fizesse, agora o fato de fazer a vontade de Deus já se efetiva nos seus discípulos.
Sabe-se que na tradição judaica, inclusive em outras religiões fora desta, a mulher era desprezada, no sentido de ser tratada como uma pessoa inferior e submissa ao homem. Por isso que pouco se menciona não só Maria, mas também a maioria das mulheres no processo de salvação, como alguém que tivesse vez na sociedade.

·         Evangelho de Lucas.

Lucas era médico e escreveu seu evangelho na mesma época que foi escrito o de Mateus, porém o seu foco de visão sobre a presença de Maria, supera a tradição. É notório a presença intensa da mãe de Jesus neste evangelho. Daí, Lucas o inicia destacando o nascimento de João Batista com estreita relação ao nascimento de Jesus. A figura de Maria e José também é comparada com a figura de Isabel e Zacarias. Existe uma dicotomia de imagens que se relacionam. No Capítulo 1, do versículo 26 ao 38, vemos a grande riqueza teológica que Lucas nos transmite. Maria é chamada pelo Anjo, expressão de Deus, de pessoa que seguia os passos do Senhor, e que era bem amada por Deus (Lc 1, 28), portanto, cheia de graça. O anjo anuncia a boa nova e ela questiona dizendo: “Como se fará isso, visto que não tenho relações conjugais?” (TEB, Lc 1,34). Essa expressão completa nosso entendimento a cerca da virgindade de Maria. Ela mesma expressa que não se relacionara com nenhum homem. Existem traduções que utilizam a palavra “Conhecer” (Jerusalém) para designar uma inatividade sexual, porém o sentido original é “Relacionar-se”. Daí, mesmo firmando sobre Maria a expressão “virgem” que poderia ser “jovem”, o questionamento de Maria ao Anjo explicita sua virgindade. Portanto Maria era virgem quando teve Jesus. A questão de Maria ser virgem ao ter Jesus está mais ligada a ação de Deus como aquele que faz o impossível acontecer do que uma exaltação de Maria. Se pensarmos bem no texto e na pessoa de Maria, nem mesmo ela gostaria de ser superior ao seu filho, ou ter maior destaque, porém não se pode esquecer a sua participação no projeto de Deus que foi essencial e de singular importância.
Seguindo mais a frente, no versículo 38, do capítulo 1, Maria diz:"Eu sou a serva do Senhor; faça-se em mim segundo a tua palavra!"(Jerusalém). Pela primeira vez Maria fala sobre si. Lucas, com isso faz um destaque de Fé de quem era Maria (serva) e sua missão em nosso meio (faça-se em mim segundo tua palavra). Conforme o texto, concluímos três características de Maria: Serva (fé e amor a Deus), obediente (conciênte e confirmante do projeto) e fiel (Manteve-se firme no propósito).
Chegando à casa de sua parenta Isabel vemos a saldação que Maria faz sobre si. Lembremos que Izabeu se enche do Espírito Santo, portanto, está com a mente aberta para o projeto de Deus. Nisso Maria explana:
Minha alma engrandece o Senhor. e meu espírito exulta em Deus em meu Salvador, porque olhou para a humilhação de sua serva. Sim! Doravante as gerações todas me chamarão de bem-aventurada, pois o Todo-poderoso fez grandes coisas em meu favor. Seu nome é santo e sua misericórdia perdura de geração em geração, para aqueles que o temem. Agiu com a força de seu braço. dispersou os homens de coração orgulhoso. Depôs poderosos de seus tronos, e a humildes exaltou. Cumulou de bens a famintos e despediu ricos de mãos vazias. Socorreu Israel, seu servo, lembrado de sua misericórdia. — conforme prometera a nossos pais — em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre!(Jerusalém, Lc 1, 46-55).
Essa exaltação não sobrepõe Maria de Jesus, a questão central está na realização de uma promessa por meio de uma mulher, ou seja Maria e numa resposta de alegria a misericordia de Deus.Apartir de Maria vemos a concretude da promessa, a abertura para entrada do reino de Deus que inicia-se pela justiça, misericórdia  e pelo acolhimento aos que mais precisam- conforme prometera a nossos pais — em favor de Abraão e de sua descendência, para sempre-. No texto acima, podemos ver mais uma característica de Maria: a bem-aventurança. Ela é bem-aventeurada porque tevem as outras virtudes que a conduziram a Deus (Serva, Fiel, Prudente, obediênte...). E com elas soube trilhar um caminho maduro e agradável aos olhos de Deus. O termo ‘Bem-aventurada’ mais explana um processo de realização e felicidade de uma pessoa que segue o caminho do Senhor. A bem-aventurança não está relacionado a perfeição, más ao amor e dedicação que se tem na vida para chegar a um estágio  de unidade com Deus e com o próximo.
O capítulo 2 de Lucas relata o momento em que José e Maria, vão a Judeia para se recencear. Daí, ja se vê a fidelidade de Maria e José a Lei. Maria e José eram da decendência hebreia, que se tornou judaica, essa geração cultuavam os livros históricos denominados de Torá, ou Pentateuco. Neles está inserida a Lei judaica. Como José e Maria eram dessa decendência, eles seguiam a tradição, Por isso Lucas ressalta o momento de cumprimento tanto da dei social com de lei judaica. Estando por Belém, Maria tem Jesus. Vamos ao texto:
Ora enquanto lá estavam, chegou o dia emque ela deu à luz o seu filho primogêntito, envolveu-o em faixas e o deitou em uma manjedoura, porque não havia lugar para eles na sala dos hóspedes. [...] Quanto a Maria, ela retinha todos esses acontecimentos, procurando-lhes o sentido. (TEB, Lc 2, 6;7;19)
Em Belém é o lugar que Maria concebe Jesus. Essa região é uma das mais pobres. É como uma das periferias de Fortaleza. Lucas fala que ele é o primogênito, mas isso não quer dizer que exista outros além dele. O que fortemente se apresenta é que quando Lucas coloca em Jesus o termo ‘primogênito’, ele quer dá a Jesus o cumprimento da Lei do Livro o exodo 13,13, em que se dá o resgate o primogênito. Portanto, a quela mesma nosção que temos nas aulas de catecismo: o antigo textamento fala da promessa, o novo faz a promessa cumprir-se.
Já em Maria vemos a visão reflexiva dos fatos, a fim de compreender a vontade de Deus. Nota-se muitas vezes que toda a história da salvarção é percebida aos olhos de Maria conforme vai acontecendo os fatos. O autor continua a narração colocando na pessoa de Maria e José o cumprimento da Lei mosaica, da tradição judaica. Eles levam o filho para ser circuncidado. Para seguir a tradição eles levaram um par de rolas ou dois pombinhos (Lc 2,24). Essa oferenda é prática de quem era pobre. Aqui vemos a condição econômica da família de Jesus. Portanto, Maria era literalmente pobre.
Seguindo a narração Lucas termina o capítolo 2  colocando uma situação de desaparecimento do menino Jesus:
“Os seus pais iam cada ano a Jerusalém para a festa da Páscoa(Dinovo vemos a tradição judaica conforme a Lei). Quando ele fez doze anos, tendo eles subido para lá segundo os costumes da festa, e quando no fim dos dias de festa eles voltaram, o menino Jesus ficou em Jerusalém sem que seus pais se apercebessem. Pénsando que ele estivesse com os companheiros de viagem, fizeram uma jornada de caminho antes de procurar entre parentes e conhecidos. Não  o tendo encontrado, voltaram a Jerusalém à sua procura. Foi no fim de três dias que o encontraram no Templo, sentado em meio aos mestres, ouvindo-os e interogando-os. Todos os que o ouviam se extasiavam com a inteligência das suas respostas. Vendo-o, eles ficaram tomados de grande surpresa e a sua mãe lhe disse: ‘Meu filho, por que agiste assim conosco?  Vê que teu pai e eu, nós te procuramos cheios de angústia’. Ele lhes disse: por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar junto do meu Pai?’Mas eles não compreenderam o que lhes dizia. Depois ele desceu com eles para Nazaré; era-lhes submisso; e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração. Jesus progredia em sabedoria e em estatura, e em graça diante de Deus e dos homens.”(TEB, Lc 2,41-52)
Seguindo a tradição Maria e José levam o menino Jesus para festa da Pascoa judaica. Pascoa judaica se refere a celebração, ou mémória, da libertação do povo hebreu do Egito(TEB, Ex12, 14). Daí, jesus estar inserido nesse contexto,por meio de Maria e José, pois ele será o libertador definitivo da humanidade. Na hora do retorno Jesus fica em Jerusalém e seus pais não notam. É importante frizar que a ida a Jerusalém e o retorno da cidade em tempos festivos se fazia em caravanas. Por isso foi fácil Jesus ficar em Jerusalém sem ser percebido. Com certeza Maria e José achavam que o menino se encontrava com algum membro do grupo judaico. E quando perceberam já estava um pouco tistante de Jerusalém.
Encontrando o menino, vemos que ele estava na sinagoga a dialogar sobre Deus e as sagradas escrituras. Maria esplana: ‘Meu filho, por que agiste assim conosco?  Vê que teu pai e eu, nós te procuramos cheios de angústia’. O interesante dessa fraze é que José é o primeiro a ser mecionado quanto a preoculpação com Jesus. Isso não é atoa. A tradição judaica não dava liberdade as mulheres estarem na frente quanto as decisões políticas e religiosas, com Maria não é diferente. Por isso o primeiro a ser mecionado é José.
Seguindo o texto vemos uma expressão aparente mente meio rude de Jesus: ‘por que me procuráveis? Não sabíeis que eu devo estar junto do meu Pai?’. Mas a questão não é a desobediência de Jesus, mas sim a finalidade para a qual Jesus veio (devo estar junto do meu Pai, anunciar o Pai, revelá-lo). Por isso em alguns momentos Jesus parecerá duro, porém a questão é que entram em choque duas ideias: O reconhecimento de Jesus como filho de Deus, anunciador da boa nova; e o fato dele ser filho de Maria, adotado por José, e fazer parte da cultura judaica que prioriza a obediência e submissão de Jesus como filho. Pois mesmo que Jesus seja filho de Deus, ele está em um contexto histórico, com tradições, e modos de agir segundo a Lei social, político e religiosa.  Mas o autor só quer explanar a ideia principal pela qual Jesus deve se guiar: Unidade a Deus. Depois disso ele segue na outra questão tradicional, cultural-religiosa: Depois ele desceu com eles para Nazaré; era-lhes submisso’. E Maria com certeza tentava não confundir a situação: ‘e a sua mãe guardava todos esses acontecimentos em seu coração’. Ou seja, interiorizava a vontade e acontecimentos a luz da palavra de Deus.
No capítulo 8, versículo 19 ao 21 temos a mesma ideia de Mateus e Marcos referente a ‘Mae e os irmão’ de Jesus. Lucas não perde tempo e resume a ideia colocando a moral da história: “A minha mãe e meus irmãos são os que ouvem a palavra de Deus e a põem em prática”.
O texto de Lucas que narra a morte de Jesus coloca sua família presente no meio da situação:
“Era já quase meio-dia e houve trevas sobre toda a terra até três horas da tarde, tendo o sol desaparecido. Então o véu do santuário se rasgou pelo meio; Jesus deu um grande grito; ele disse: ‘Pai em tuas mãos entrego o meu espírito. E, com essas palavras, expirou. Vendo o que tinha sucedido, o centurião glorificava a Deus, dizendo; ‘ certamente este homem era justo’. E todas as pessoas que se tinham reunido para esse espetáculo, à vista do que tinha acontecido, voltaram batendo no peito. Todos os seus familiares mantinham a distância, como também as mulheres que o seguia desde a Galiléia e que olhavam.”
Essa parte ressalta que a família de Jesus se encontrava a distância no momento de sua pascoa. Esse fato se dá porque nen todos entendiam a forma trágica pela qual Jesus iria passar pela morte. Jesus crucificado é objeto de pior humilhação. As mulheres inserindo Maria, a mãe de Jesus, estavam à distância. Sabesse que conforme a tradição a mulher estava sempre em útimo lugar. Daí, Maria estava vendo toda a situação e sentido toda dor de Mãe, porém o projeto de Deus, que ela tinha conciência e Fé, está va além daquilo tudo. Aqui a única coisa que podemos definir de Maria é a , que já foi citada anteriormente.

·         Evangelho de João.
Por fim temos o evangelho de João. Ele foi escrito mais ou menos em 100 dC. Nele ver-se uma profunda meditação sobre a figura de Jesus. Este já é apresentado como uma parte essêncial de Deus desde o início da criação. Ou seja, Jesus faz parte da comunidade divina e da origem da criação do Homem. Neste texto Maria tem forte presença como a intercessora do milagre nas Bodas de Caná:
“Ora no terceiro dia, houve núpcias em Caná da Galiléia, e a mãe de Jeus estava lá. Jesus também foi convidado às núpcias, como também os seus discípulos. Como faltasse vinho, a mãe de Jesus lhe disse: ‘Eles não têm vinho’. Mas Jesus lhe respondeu; ‘Que queres de mi mulher? A minha hora ainda não chegou’. Sua mãe disse aos que serviam: Fazei tudo que ele vos disser’. Havia lá seis talhas de pedra destinadas às purificações dos judeus; elas continham cada uma duas ou três medidas. Jesus disse a eles: ‘Enchei de água essas talhas’; e eles encheram-nas até a borda. Jesus lhes disse: ‘Agora tirai um pouco e levai ao mordomo’. Eles a levaram e ele provou a água convertida em vinho-ele não sabia de onde aquilo vinha, ao contrário dos que serviam e que tiraram a água-; por isso ele se dirigiu ao recém-casado e lhe disse: ‘todo mundo oferece primeiro o bom vinho e, quando os convidados já estão alegres, faz servir o menos bom. Mas tu quardaste o bom vinho até agora!’ Tal foi em Caná da Galileia, o início dos sinais de jesus. Ele manifestou a sua glória, e seus discípulos creram nele. Depois disso, ele desceu a Carfanaum com sua mãe, seus irmão e seus discípulos; mas só ficaram lá poucos dias.” (TEB, Jo 2, 1-12)
A relação de afinidade entre Jesus e Maria quanto ao projeto de Deus é de estrema importãncia. Vemos no texto acima uma especie de observação do momento exato para que Jesus inicie seu projeto, ou melhor, o projeto de Deus. Daí, Maria é de singular importãncia, pois assim como ela deu abertura ao advento da presença de Deus- menino em nosso mundo, ela também faz a abertura para a ação de Jesus como sinal de revelação do novo reino.
Jesus se apresenta como aquele que não vê numa festa de cazamento o momento o portuno para iniciar seu ato de milagre. Porém, Maria persiste para que ele haja, para que ele faça algo para não acabar com a festa e ao mesmo tempo revelar o sinal de Deus.
O milagre de transformação de água em vinho não é pra demostrar o poderio de Jesus, pois isso não é o mais importante, mas para atrair a mutidão, (todos ouviram o que o mordomo disse) para despertar a FÉ dos discípulos ( seus discípulos creram nele), e praticar um ato ético(continuar o cazamento). O milagre deve ser visto em último de grau. Pois a finalidade de toda ação de Jesus está na revelação do Pai. Na boa nova: um deus que se abaixou ao mundo do homem, para amá-lo e estar mais próximo dele.
Maria tem nessa passagem a importância de dircernimento do momento de apresentação de Deus, na pessoa de Jesus, e de intercessão. Ela observa que faltou vinho, que os discípulos o seguem (estão com ele), entretanto, eles ainda não têm um conhecimento de quem seja Jesus de verdade. Maria está na festa não como pessoa de destaque, mas como as tantas mulheres que foram convidadas para participar do evento religioso, apesar de sua presença ser de extrema importância nesse momento. A sua atenção é fundamental, pois no momento o portuno ela age: [filho] ‘Eles não têm vinho’. Jesus não considera o momento certo, muito menos para ação milagrosa: ‘Que queres de mi mulher? A minha hora ainda não chegou’. Maria ver e aposta todas a fichas nesse momento, ou seja, confia plenamente em Deus, e que já esteja na hora de Jesus realmente começar a despertar o povo para o projeto de Deus. Jesus assim o faz e começa a revelar as obras do Pai, toda via isso acontece para um fim últiu: que todos creiam de início e vivam. Dai, podemos dizer que Maria é imbuída do Espírito Santo e Intercessora Nossa.
João só meciona Maria, no momento da cruscificação. Ela participa do convite a entrada do reino, e o feixamento da vontade divina, ma morte de Jesus:
“Perto da cruz de Jesus permaneciam e pé a sua mãe, a irmã da sua mãe, Maria de Clopas, e Maria de Mágdala. Vendo assim a sua Mãe, e perto dela o discípulo que ele amava, Jesus disse à sua mãe: ‘Mulher, eis aí o teu filho’. A seguir, disse ao discípulo: ‘Eis ai tua mãe’. E desde a quela hora o discípulo a recebeu em sua casa.”(TEB, Jo19, 25-27)
Esta é a última narração de João que meciona Maria. Ela está presente na morte de Jesus. Vejamos que no momento da cruscificação Maria se encontra diante de Jesus com seus parentes e o discípulo amado. Maria se encontrava na periferia junto com os outros. Jesus a vê com o discípulo amado e meciona a expressão que será para todo seguidor Dele: ‘Mulher, eis aí o teu filho’. Essa expressão de Jesus(:Mulher) relacionado a Maria tem um ensimamente de Fé mais teológico do que histórico. A expressão ‘mulher’ vem desde o livro da criação do mundo. Ela é ultilizada para definir Eva a companheira de Adão. Na criação Deus a define como “Mulher”.porém, devido ao erro dos dois, eles são espeulsos do paraíso, ou seja, da presença, unidade e felicidade com Deus. Adão pecou, por isso depararam-se de Deus. Maria é pela expressão “Mulher” a nova Eva assim como Jesus é o novo Adão, pois eles reatam os laços que foram quebrados por Adão e Eva. E assim enserra-se a narração colocando Maria como a Mãe do discípulo amado. Nessa perpectiva, se somos seguidores de Cristo, se somos apóstolos e discípulos, então participamos da mesma graça de ter Maria, como nossa Mãe e fazer semelhante ao discípulo amado: “E desde a quela hora o discípulo a recebeu em sua casa.”.
 Isaias Mendes Barbosa: Aspirante Redentorista.