terça-feira, 15 de outubro de 2013

Descobrindo São Geraldo Majela



Geraldo Magela é comumente conhecido como o padroeiro das mães gestantes e das crianças.   Nasceu em 06 de Abril de 1726, numa cidade chamada Muro Lucano na cidade de Materdomini que está situada ao sul da Itália. Único filho homem de uma família humilde, sua chama-se mãe Benedita e seu pai morrera quando São Geraldo tinha 14 anos.
Sua mãe era muito amorosa e teve grande zelo em educar São Geraldo dentro dos preceitos evangélicos, ensinou-lhe também que o amor de Deus não tem limites.  Seu pai era alfaiate, o mesmo faleceu quando Geraldo ainda tinha 14 anos. A partir daí ele assume sua família tendo que trabalhar duro como era de costume no seu tempo. Aprendeu o ofício de alfaiate por ter trabalhado numa alfaiataria em sua cidade. Após este período foi trabalhar como empregado do bispo de Lacedônia.
Aos 21 anos tentou seguir a vida monástica, trabalhou três anos para o bispo até a sua morte. Tendo passado isto, Geraldo sentiu um forte desejo de servir plenamente à vontade de Deus e pediu admissão no convento dos Capuchinhos, não sendo, porém aceito.
Em 1754, o seu diretor espiritual pediu-lhe que escrevesse dizendo qual era o seu maior desejo. E ele escreveu: “amar muito a Deus; estar sempre unido com Deus; fazer tudo por amor de Deus; amar a todos por amor de Deus; sofrer muito por Deus”. Minha única ocupação é fazer a vontade de Deus. Em Materdomini foi um grande catequista e missionário. Houve um superior muito inteligente que entendeu o carisma e a inteligência de Geraldo e o enviou para fazer muitas missões. Em 1749 os Missionários Redentoristas estiveram em Muro Lucano, Geraldo a partir deste momento sentiu um forte desejo de seguir os missionários em todos os lugares. Tendo feito isso, Geraldo pede admissão para a Ordem dos Redentoristas (hoje Congregação do Santíssimo Redentor).
Após esta experiência Geraldo resolve pedir ao Pe.Cáfaro, que naquele tempo estava acompanhando a missão redentorista. Ao ver a situação de Geraldo não quiseram aceita-lo. Pois era muito fraco e não tinha condições para realizar os trabalhos exigidos pela missão. Mesmo assim Geraldo insistia em sua vontade de servir a Deus em sua boa vontade, sua mãe dona Benedita não queria perder seu filho, tendo que manter ele longe dos padres redentoristas, fechou a porta do quarto de Geraldo e mesmo assim não foi possível deter o tamanho desejo de Geraldo.
Vendo que os missionários estavam passando naquela ocasião, Geraldo foge pela janela de seu quarto através de lençóis amarrados, deixou para trás a seguinte frase: “Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e por quanto tempo ele quer." E foi ao encontro dos missionários, de tanto insistir acabou sendo aceito para fazer uma experiência com os redentoristas.
Frágil e de saúde debilitada, Geraldo levava consigo a força espiritual que havia em seu ser  para catequizar as crianças, adultos e idosos. Tudo isso ele adaptava de acordo com sua idade e contexto dos que iam ao seu encontro. Possuía uma grande capacidade de entender e orientar as pessoas, assim ele foi encarregado pelo superior para ficar na portaria do convento, atendendo os visitantes e dando sempre uma palavra amiga.
Em 16 de julho de 1752, Geraldo Magela faz seus primeiros votos na congregação do Santíssimo Redentor, onde começa sua vida de total doação e amor pelos abandonados e oprimidos da sua época.
Por amor ao seu povo Geraldo recebeu das mãos do Criador o dom da bilocação, ou seja, pelo poder de Deus, tinha a capacidade de estar presente em dois lugares ao mesmo tempo. Ele ficou conhecido por causa dos seus dons supernaturais como profecias, visões e êxtases, quando, nesses momentos, podia-se ver seu corpo erguer-se do chão. Ele também tinha notável conhecimento e aprendia com facilidade. Embora não fosse padre, seus conselhos espirituais eram procurados pelos clérigos e comunidades de religiosas nas quais ele dava conferências. Obtinha grande sucesso em converter pecadores e ficou famoso pela sua santidade e caridade.
Ainda em vida, São Geraldo ressuscitou um garoto que tinha caído de um rochedo; abençoou a fraca provisão de trigo de uma família e ela durou até a colheita seguinte; várias vezes multiplicou o pão que distribuía aos pobres. Certa vez ele andou sobre as águas para levar um barco de pescadores até a segurança da praia em meio a ondas tempestuosas.
Geraldo assumiu de tal modo a sua missão que mesmo em meio à dor e aos contratempos de sua saúde, incansavelmente fez cumprir em sua vida a vontade do Cristo Redentor, levando aos pobres o consolo espiritual e a certeza de que Deus é Pai que nunca nos abandona. Devido a tantas viagens em busca de saciar a fome do povo e levar alimentos aos pobres de sua região, Geraldo acabou se esgotando. Sua saúde já não era a mesma, suas forças foram se esvaindo e decorrente desta situação Geraldo teve que ficar afastado de sua vida pastoral, pois não conseguia mais levantar, adquiriu uma tuberculose e seu destino foi a ficar preso a uma cama.
De saúde sempre frágil, era evidente que Geraldo não iria viver muito. Em 1755 sofreu violentas hemorragias e disenteria, a ponto de sua morte ser esperada para qualquer momento. No entanto, ele devia ainda ensinar uma grande lição sobre o poder da obediência. O seu diretor mandou-lhe que sarasse se fosse da vontade de Deus, e imediatamente a doença pareceu desaparecer, ele deixou o leito e juntou-se à comunidade. Sabia, porém, que esta cura era apenas temporária e que tinha pouco mais que um mês de vida.
Pouco depois teve que voltar ao leito e começou a preparar-se para a morte. Abandonava-se totalmente à vontade de Deus e escreveu na porta do seu quarto: "Aqui se faz a vontade de Deus, como Deus quer e por quanto tempo ele quer." Com frequência ouviam-no recitar esta oração: "Meu Deus, quero morrer para fazer vossa santíssima vontade." Pouco antes da meia-noite do dia 15 de outubro de 1755, a sua alma inocente voltou para junto de Deus.
Na morte de Geraldo, o irmão sacristão, na sua euforia, tocou os sinos de modo festivo, em vez do toque fúnebre. Porque para Geraldo sua morte não representava mais a dor, sim um grandioso encontro com o Pai. Milhares de pessoas vieram ver o corpo do “Santo Geraldo” (que ante de sua morte tinha o imenso carinho de seu povo), para tentar obter uma última lembrança daquele que tantas vezes estendeu suas mãos a quem necessitava. Após a sua morte, começaram a ser relatados milagres em quase todas as regiões da Itália, atribuídos à intercessão de Geraldo. Em 1893, o Papa Leão XIII o beatificou e, no dia 11 de dezembro de 1904, o Papa Pio X o canonizou como santo. 
Autor: José Albernir da Silva Filho


Fontes: Site. www. cssr.com.portugues e Site. www.cruzterrasanta.com.br


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