sábado, 25 de outubro de 2014

SANTO AFONSO MARIA DE LIGÓRIO MESTRE DA ORAÇÃO

[1]RESUMO
Capítulo IV do livro Santo Afonso de Ligório,  mestre da oração.

Francisco Carlos Maia Cavalcante[2]

“A oração é o meio necessário e certo de alcançarmos todas as graças necessárias para a salvação.”
É com esta reflexão de santo Afonso que inicio esta pequena exposição, falando das bases onde estão alicerçadas a espiritualidade e o esclarecimento de fé do nosso fundador santo Afonso de Ligório.
No inicio do capítulo quatro os autores apresentam de maneira geral o processo oracional e espiritual de cada cristão, mostrando de maneira clara a contribuição que é dada por cada pessoa que através da sua proximidade conosco, seja familiar ou não, influenciando-nos até mesmo na nossa relação com Deus. Isso também aconteceu com santo Afonso que foi influenciado pelas práticas negativas do rigor de seu pai, e as práticas penitenciais de sua mãe que retrata a imagem da espiritualidade praticada em seu contexto histórico, fazendo com que “o caminho da graça fosse bloqueado por muitos anos no coração de Afonso.” (pág. 42)
Contudo vale ressaltar que neste período em que vive o grande Afonso é marcado pelo pensamento errôneo de que Deus era um juiz que iria somente julgar todos os nossos atos, um Deus exigente e até mesmo sem misericórdia que dos altos céus estava a nos observar. Este tipo de pensamento surgiu a partir das pregações de vários grupos, sendo o mais conhecido pelo seu destaque histórico os Jansenistas, que com seus argumentos faziam com que o povo sentisse um grande sentimento de culpa perante a Deus, e uma certeza do merecimento do fogo do inferno.
Por isso é bem visível que essas práticas fundamentadas nos pensamentos supracitados, faziam com que houvesse um distanciamento entre o criador e a criatura, não conseguindo que se entendesse que existe uma profunda relação de amor e paternidade entre Deus e o ser humano. Por isso que partindo da tomada de consciência de que somos nós a concretização do amor de Deus, é que se dá o processo de conversão de santo Afonso, que passa a ver Deus como a fonte que emana a misericórdia e o perdão para todos os pecadores.
Afonso começa a perceber o amor de Deus na sua vida no contato com os escritos de grandes santos que proclamavam o amor de Deus na humanidade: santa Tereza D´Ávila, João da Cruz e são Francisco de Sales, fazendo com que surgisse amor e profunda admiração na descoberta da verdadeira imagem e personalidade de Deus, fazendo com que Afonso tornasse um grande combatente das correntes de pensamentos teológicos contraditórios a estes.
            Com o despertar da nova consciência Afonso passa a contemplar o rosto e a presença de Cristo de uma maneira diferente, contemplando os mistérios da encarnação, paixão e eucaristia que em suma são a revelação e a ação do amor de Deus em nossas vidas, o Deus que se fez homem, sua entrega e sacrifício na cruz e a sua permanência contínua na eucaristia.
Contudo é a partir desta contemplação que se forma a espiritualidade Afonsiana e a sua influencia e contribuição na construção do carisma redentorista, que nos convida a sermos continuadores da obra de amor e redenção de Deus na nossa vida.





[1] Texto produzido a partir da leitura do capítulo IV mestre da oração do livro santo Afonso de Ligório missionário, mestre de espiritualidade e da moral/ autores padre Dirson Gonçalves... [ et al.]. – Curitiba, PR: Peregrina, 2013.

[2] Francisco Carlos Maia Cavalcante, Postulante Redentorista.


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