Quem
diria, quem diria,
Que
fosse Afonso de Ligório um dia,
Escrever
tal obra esplêndida, cheia de alegria,
Obra
tão louvável “As Glórias de Maria”.
Ele
inicia com a “Salve Rainha”,
Mãe
do nosso Rei Redentor,
Mãe
do nosso belo Amor,
Ela
formosa mulher que nos encaminha ao salvador.
Maria,
Cheia de Graça, Mãe espiritual,
Que
acolheu o Espírito Santo em seu seio virginal,
Para
a salvação das almas, Mãe celestial,
Que
se fez serva do Nosso Deus maioral.
És
a doçura, a vida e a esperança,
Que
alegria teve a Mãe quando viu aquela criança,
Em
seus braços acalentados era cheia de confiança,
Era
serva corajosa e que possuía dentro de si a perseverança.
Passava
agora aquela menina por medianeira,
De
serva, mulher, de mulher, Mãe e Mãe era a sua maneira,
De
rogar por todos filhos era assim mensageira,
Entre
os homens e Deus era a nuvem passageira.
Que
aliança magnífica fez Deus com sua Amada,
Quis
que aquela Doce Virgem fosse separada,
Seria
ela Porta do céu, Estrela do mar, cheia de Deus ornada,
E
a conservou intacta da culpa primeira, Imaculada.
A
Menina dos olhos de Deus levava consigo a Redenção,
Que
crescia dia a dia em estatura e mansidão,
E
que aos olhos de sua Mãe na humanidade, paixão,
Quanta
dor levava, pois sabia, Maria do seu coração.
Maria,
Mãe de Misericórdia, amava também os pecadores,
Mas
sabia que tanto ela e seu Filho teriam muitas dores,
Seu
tesouro era Deus e todos os filhos do mundo seus amores,
Ó
Clemente, ó Piedosa, ó Doce Virgem Maria, seus braços condutores.
Quem
diria, quem saberia, quem imaginaria,
Que
fosse Afonso de Ligório, transcrever um dia,
Os
tratados de uma vida, das Dores de Maria,
Obra
tão unânime, tão rica em sabedoria.
Sua
primeira dor foram as profecias de Simeão,
Ao
escutar que uma espada transpassaria seu coração,
Sofreria
Maria aquela triste consolação.
Passaria
tudo isso por seu Filho, por sua plena doação,
A
segunda dor foi a fuga para o Egito,
Para
não perder o Filho e nem ouvir tanto grito,
Dos
inocentes que morreram por causa do Bendito,
Era
triste ver acontecer o que o maldoso rei tinha dito.
A
terceira dor é a perda de Jesus no templo,
Quão
preocupados ficaram os pais naquele momento,
A
não verem o Filho que eras exemplo,
Para
os doutores o contemplo.
A
quarta dor é Maria que ver seu Filho indo a direção da morte,
A
quarta espada perfura o coração ao norte,
Entre
a Mãe e o Filho amado há um corte,
De
todos os instantes juntos só existe porte.
Quão
grande é a quinta dor,
Pois
vai a morte o Salvador,
E
junto dele o esplendor,
De
sua Mãe morre o Amor.
A
sexta dor remete a lança e a descida da cruz,
Quão
pequeno ficou o coração daquela que nos conduz,
Sua
alma foi transpassada e sua vida não mais luz,
Agora
estava entregue ao Pai seu Filho, Jesus.
A
última dor foi seu sepultamento,
Onde
Maria deixa seu coração naquele momento,
Ser
sepultado o tesouro que possuía, fica somente em seus pensamentos,
E
a dor que levava consigo podia ser vista em seus movimentos.
Quem
diria, quem pensaria,
Que
fosse Afonso de Ligório, seria,
Rabiscar
as virtudes, um dia,
Obra
impressionante, tão cheia de Maria.
Maria
prendeu o coração de Deus por sua humildade,
Atribuía
ao Senhor tudo em sua vida por simplicidade,
Ajudava
sua prima Isabel com sinceridade,
Abraçava
a Deus por maioridade.
Quem
foi essa Consoladora se não caridosa?
Era
assim a Virgem toda Dolorosa,
Com
seu Filho e os homens Amorosa,
Para
Deus fostes sempre Honrosa.
Quem
acreditou mais do que ela?
Quem
Deus exaltou em sua cidadela?
De
quem Cristo ouviu se não dela?
Quem
o povo pede ajuda a Deus se não for nela?
Esperança,
Casta, Pobre e Obediente,
Possuía
essa mulher as virtudes, era Paciente,
Muita
acima dos anjos dedicava sua vida ao Amado, Contente,
Aprendeu
de seus pais o Amor de Deus Temente.
Quem
saberia, quem imaginaria,
Que
fosse Afonso de Ligório um dia,
Descrever
o semblante de sua Pia,
De
sua Doce Virgem Maria,
E
pedisse um dia,
Que
um confrade em companhia,
Lesse
para ele “As Glórias de Maria”,
E
que perguntasse “Quem escreveria tão linda maestria?”
E
o confrade respondeu “Foi Afonso Ligório de Maria”.
Pe. Cleandro
Pessoa. CSsR.
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