O Irmão consagrado é um
vocacionado de Deus. Toda vocação é uma convocação para a missão. E a missão
cristã, com espiritualidade e carisma redentorista, se fundamenta na
conformidade com o Plano de Deus. Ela tem suas raízes na consagração batismal e
se abre em perspectivas e dinâmicas que estão inseridas nos modos de ação, a
qual nós chamamos de missão.
O Irmão se consagra à luz
da fé, tendo como referência o Mistério de Cristo (Encarnação, Vida, Paixão,
Morte e Ressurreição), que se alimenta da Eucaristia (comunhão e participação)
e também tem Nossa Senhora como exemplo de fé, disponibilidade ao serviço e de perseverança.
A
consagração religiosa nos faz realizados quando cultivamos a alegria, a
simplicidade de vida e linguagem, a disposição aos serviços eclesiais, a boa
convivência com o povo e a abertura ao Espírito Santo. Pois, as forças
humano-espirituais ajudam a tomar consciência da realidade e a fazer bom uso
dos talentos pessoais. Sabendo-se que a soma dos dons recebidos, a boa vontade,
a disposição e persistência, garantem os bons resultados, ainda que estes
venham a ser colhidos tardiamente. Aqui, encontramos o perfil do Irmão na
condição de homem consagrado, de vivência comunitária e apostólica.
As áreas de ação podem
urgir nos mais diversos campos de serviços, isto é, Humanitários, Pastorais, Culturais,
Científicos, Acadêmicos e outros mais. Todavia, em todos há necessidade de
preparos, exercícios e aperfeiçoamentos dos mesmos. Além do mais é muito válida
a interação que se pode criar entre os modos de servir, fazendo-os com espírito
cristão. Assim, os Irmãos têm a possibilidade de utilizá-los como instrumentos
de promoção humana, vínculo da ética e da moral cristã: um bem social. Também,
neste sentido, os Irmãos possuem uma belíssima história a ser recuperada, a ser
narrada e principalmente a ser construída.
Em suma, a vida
consagrada é inteira e completa em si mesma, por causa do Batismo. Por isso, o
Irmão que assumiu a sua vocação e nela se sente realizado, coloca os seus
talentos a serviço da missão, torna-se um dom de Deus para a Igreja.
O Irmão consagrado deve
cultivar uma constante abertura interior para que Deus haja através de sua
pessoa!
Ir. José
Mauro Maciel CSsR, missionário redentorista e historiador.